Estou de olhos
fechados. Consigo ver vossos gestos, sentir vossa luz.
Tocam a essência
que nos entorpece a alma, nos abranda o caminho e nos faz desligar das coisas
pobres de significado.
Traço linhas
horizontais na minha mente e surge-me um aclarar de sons nostálgicos que me
inalam os sentidos, inundam-me o peito, invadem minha alma, acalentando as
minhas preces por mais um dia de espectáculo.
Uma sombra de
poeiras levanta-se diante de mim e desaparece no limiar das torrentes de ar, deixando
um som no enorme vazio, numa simetria fascinante com tudo aquilo que me cerca.
Mas mesmo assim, não consigo vê-la tão artista quanto vós, também partículas da
natureza viva e bem viva.
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