quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sinfonias


Estou de olhos fechados. Consigo ver vossos gestos, sentir vossa luz.

Tocam a essência que nos entorpece a alma, nos abranda o caminho e nos faz desligar das coisas pobres de significado.

Traço linhas horizontais na minha mente e surge-me um aclarar de sons nostálgicos que me inalam os sentidos, inundam-me o peito, invadem minha alma, acalentando as minhas preces por mais um dia de espectáculo.

Uma sombra de poeiras levanta-se diante de mim e desaparece no limiar das torrentes de ar, deixando um som no enorme vazio, numa simetria fascinante com tudo aquilo que me cerca. Mas mesmo assim, não consigo vê-la tão artista quanto vós, também partículas da natureza viva e bem viva.



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